Querido pessoal: Hoje é dia de comemorar mais uma vez! Felicíssima... Vivendo momentos mágicos, renovadores, gostosos, emocionantes. Vivendo. E isto é o que interessa. Viver.... Obrigada, Deus, medicina, família e amigos. Estou com 50,1 kg, a boca ainda continua um tanto seca, as unhas dos pés estão metade pretas, não sinto nenhuma dor, meus cabelos estão mais compridinhos e estou MUITO BEM! Graças a Deus!
Acabei de ler ¨Um bom tricot¨. Sugiro. Conta a história de uma mulher trintona, que passou duas vezes por um câncer, sobreviveu, teve um terceiro tumor confundido a princípio com mais um ca e não era, felizmente, e montou uma loja prá ensinar e vender tricot (lãs). Teve aí uma nova vida, contada no livro, onde fez amigas, recuperou a dignidade e o sentido de sua vida além da auto-estima que vai pro saco quando se está doente. Ou será que estou errada...
As fotos testemunham meu novo tempo. Algumas do encontro familiar em Vígolo, Nova Trento, no santuário da Santa Paulina, por conta da vinda da tia Gracinha (freira desta mesma congregação) de SP, que queria rever a família. Foi tão gostoso! As fotos testemunham esta alegria... Outras, de flores, amigos, família, sei lá. O que me dá prazer e me fazem refletir que viver vale mesmo muito à pena...
Encerro com o testemunho que deixei para meus colegas formados em 83.2 na UFSC, em Psicologia. Foi tão bom o encontro que tivemos neste último sábado comemorando os 25 anos de formados, que resolvi publicar aqui. 7 meses pós autotransplante. 210 dias de uma nova chance prá viver melhor! Obrigada a todos que me ajudam a levar a vida agora assim, desse jeito. Iluminada..
Queridos amigos:
Muito obrigada por tudo o que vivi naquele dia. Foi maravilhoso.
Marcará meus novos tempos.
Tanta emoção (amplificada por tudo o que vivi nos últimos meses)
justifica-se por alguns motivos que ouso listar:
1. 25 anos não são 25 dias ou meses. São 9.125 (NOVE) mil, cento e
vinte e cinco dias, 304 meses. Fiz as contas prá sentir concretamente
o que isto significa. Me espantei. É um pouco menos da metade da minha
idade. Portanto, É MUITOOOOOOOOOO TEMPO! AH, prã não ficarem
curiosos, tenho 19.415 dias... rs.. (Só quem está mesmo sem fazer nada
consegue ficar contando bobagens...rs..)
2. Minha doença durou de agosto-2007 a abril-2008 quando fiz o
autotransplante. Portanto, durou muito pouco em relação a tanto de
dias que tenho acumulado. Sendo assim, ficou no passado e me deixou de
lucro, um novo jeito de viver. Serviu para que eu entendesse que viver
é simples demais. A gente complica muto, achando que sem nossa agenda
o mundo fica sem girar...rs...Até o dia que enxerga um adeus muito
evidente na cara da gente e aí, nem dá tempo prá se despedir, muito
menos executar o que pretendia da bendita agenda!
3. Sendo assim, meus novos tempos me permitem dizer a cada um de vocês
que VOCÊS SÃO MUITO IMPORTANTES para mim. Talvez antes eu nem de longe
pensaria assim. Sabia da existência de cada um, morria de saudades,
mas nem me lembrava de ligar e dizer que deixam saudades. Mas hoje,
feliz, recuperada, vivendo cada dia como se fosse um bônus extra, digo
isso.
4. Obrigada pela preocupação de vocês comigo; posso garantir que não
cansei tanto quanto pensei. Foi o meu primeiro grande passeio noturno
- passaram-se os 180 dias que precisei ficar quase na clausura, e tive
o prazer de sair com vocês, como numa volta ao passado onde nem de
longe me imaginaria com uma doença qualquer...Foi tudo tão bom que
ouso dizer que repetiria a qualquer instante!
4. Obrigada, mil vezes obrigada. A cada um. Especialmente por cada
abraço trocado, sorriso certeiro, palavras soltas (até meio duras,
desculpa Liège), e pela saudade que já voltei a sentir.
5. Espero que não demore muito o próximo encontro. Agora que estou
recauchutada com a nova medula, tenho fôlego e disposição para muito
mais vida!
Beijos. Em cada um. Pena que foi tudo tão rapidinho...
Letícia, feliz...
. Beijos
Muito obrigada por tudo o que vivi naquele dia. Foi maravilhoso.
Marcará meus novos tempos.
Tanta emoção (amplificada por tudo o que vivi nos últimos meses)
justifica-se por alguns motivos que ouso listar:
1. 25 anos não são 25 dias ou meses. São 9.125 (NOVE) mil, cento e
vinte e cinco dias, 304 meses. Fiz as contas prá sentir concretamente
o que isto significa. Me espantei. É um pouco menos da metade da minha
idade. Portanto, É MUITOOOOOOOOOO TEMPO! AH, prã não ficarem
curiosos, tenho 19.415 dias... rs.. (Só quem está mesmo sem fazer nada
consegue ficar contando bobagens...rs..)
2. Minha doença durou de agosto-2007 a abril-2008 quando fiz o
autotransplante. Portanto, durou muito pouco em relação a tanto de
dias que tenho acumulado. Sendo assim, ficou no passado e me deixou de
lucro, um novo jeito de viver. Serviu para que eu entendesse que viver
é simples demais. A gente complica muto, achando que sem nossa agenda
o mundo fica sem girar...rs...Até o dia que enxerga um adeus muito
evidente na cara da gente e aí, nem dá tempo prá se despedir, muito
menos executar o que pretendia da bendita agenda!
3. Sendo assim, meus novos tempos me permitem dizer a cada um de vocês
que VOCÊS SÃO MUITO IMPORTANTES para mim. Talvez antes eu nem de longe
pensaria assim. Sabia da existência de cada um, morria de saudades,
mas nem me lembrava de ligar e dizer que deixam saudades. Mas hoje,
feliz, recuperada, vivendo cada dia como se fosse um bônus extra, digo
isso.
4. Obrigada pela preocupação de vocês comigo; posso garantir que não
cansei tanto quanto pensei. Foi o meu primeiro grande passeio noturno
- passaram-se os 180 dias que precisei ficar quase na clausura, e tive
o prazer de sair com vocês, como numa volta ao passado onde nem de
longe me imaginaria com uma doença qualquer...Foi tudo tão bom que
ouso dizer que repetiria a qualquer instante!
4. Obrigada, mil vezes obrigada. A cada um. Especialmente por cada
abraço trocado, sorriso certeiro, palavras soltas (até meio duras,
desculpa Liège), e pela saudade que já voltei a sentir.
5. Espero que não demore muito o próximo encontro. Agora que estou
recauchutada com a nova medula, tenho fôlego e disposição para muito
mais vida!
Beijos. Em cada um. Pena que foi tudo tão rapidinho...
Letícia, feliz...
. Beijos
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