domingo, 30 de dezembro de 2007

3a. Atualização do dia 30/12/2007

A Letícia deu um grande susto na tarde de hoje. Subitamente, sua pressão aumentou demais e sua freqüência cardíaca despencou. Ela reclamava de dores intensas (pontadas) na região do peito, descendo para a barriga. A equipe de enfermagem e a médica de plantão agiram prontamente, evitando maiores problemas. A Leleca disse que sentiu uma "sensação de more". Pudera, seu batimento cardíaco. Imediatamente, a enfermeira diminuiu o tempo de gotejamento do "noradrenalina", utilizado para regularizar a pressão arterial.A médica não sabe a que atribuir o mal-estar. Disse que pode ser do Dramim, ou da interação entre os vários medicamentos ministrados à Leticia. Nesse momento, a Técnico de Enfermagem está aplicando na barriga da Leleca uma injeção de "Granuloquine", para aumentar a taxa de leucócitos (já é a quinta dose). Depois do susto, que deixou todos bastante nervosos, a Leleca tomou banho (na cama) e comeu de lanche 1/2 potinho de sorvete de morango (umas 5 ou 6 colheradas de café). Tem tomado bastante água. Agora no final de tarde, está melhorzinha, mas reclama de dores ao respirar. A Médica é chamada e supõe ser refluxo esofágico (ela já teve isso na última internação). O monitor de coração, pressão, saturação e oxigenação continua ligado.Tem acusado boa freqüência cardíaca (de 90 a 100 B.p.m.), pressão de 11/8 (acima da média da Leleca, que é de 9/8, em média, mas, ainda assim, boa) e boa saturação (100). Entretanto, aponta deficiëncia respiratória (o normal é entre 20/21, e lá aparece até zero de vez em quando). A Dra. May Ann acha que é problema do aparelho e mediu manualmente, acusando 19 respirações por minuto, o que estaria normal. Acaba de chegar a janta (miojo, pedido feito pela Leleca, com suco e gelatina de sobremesa). Ela deve comer tudo sentada, para evitar o refluxo dos alimentos.
Não teve mais diarréia desde às 9h15min. Reclama de dores na barriga (talvez gases).Recebeu telefonemas do Jorge (namorido, 2 ou 3 vezes), Bira(cunhado), Rosângela e Raquel (primas).
Recebeu a visita da esposa e acompanhante do paciente Luís, que acha que seu marido (portador de linfoma e que já coletou material para o auto-transplante) deve ter alta amanhã ou depois de amanhã. Ficou feliz. Eles moram em Caçador e ela (acompanhada da filha deles, de 6 meses, e de sua sogra)estão hospedadas em uma casa de apoio, no bairro Abraão.
Essa Leleca é mesmo impressionante. Depois de tudo que passou hoje, ainda pensa no bem-estar dos outros. Ela pediu que eu levasse o computador no quarto dos outros pacientes (só têm mais três internados, Ronaldo e Paula, dois adolescentes e Luís, não sei quantos anos, acompanhado da esposa), para que eles pudessem "dar uma navegadinha",como ela mesma falou.
Ela está comendo, no momento, miojo (até que bastante!!!). Está começando a dar ordens (sinal de melhora? Rs). Vai tomar 4 compridos agora (fluconazol e aciclovir).
A Leleca pede que eu registre que hoje de manhã vazou sangue direto da sua veia no chão, formando uma pequena poça. É que a Técnico de Enfermagem não conectou a agulha do antibiótico direito na veia. Tansinha, né? A Bea, acompanhante da noite, e também mana da Letícia, "voou" (linguagem da Leleca) na Enfermagem e trouxe uma Técnico para consertar o estrago. Não levantou para ir ao banheiro nenhuma vez. Fez uso da comadre. O dia hoje começou meio problemático, mas, graças a Deus, vai finalizar bem...Rezem bastante para que a infecção ceda e a pressão/coração normalizem! Em breve, ela sairá dessa!

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