domingo, 12 de outubro de 2008

12 de outubro - despedindo-me de Porto Alegre...









Queridos amigos:

Tou me despedindo daqui, prá onde vim no dia 2. Vim para o aniversário da Ana, curtir a família dela, meus parentes que tanto rezaram por mim, reencontrar amigos.

Vim também para agradecer a Santa Terezinha, diretamente na igreja que leva seu nome, tantos pedidos atendidos.

Nunca fui muito devota de santos. Não era daquelas que fazem novena. Sempre fui católica que gosta de rezar normalmente, sem excessos ou venerações. Continuo sendo assim, mas posso garantir que agora minha espiritualidade está à flor da pele. Fiz várias novenas desde que recebi aquele diagnóstico, em agosto do ano passado. Todas atendidas. Por mim e por quem precisava. Implorei para a santa Terezinha desde a minha primeira internação. Na terceira, já na unidade de TMO, onde pela primeira vez nas minhas internações dividíamos os quartos, fui instalada com a dona Terezinha, moradora de Blumenau. Ficamos um tempo juntas mas como o seu estado piorava a cada dia, acharam que eu deveria trocar de quarto para não acompanhar tanto sofrimento. Mas implorava à Santa Terezinha que lhe desse forças e que provesse o que fosse necessário. Foi um dos bons sinais recebidos, de que eu estava muito bem protegida...Agora, a dona Terezinha me espia lá de cima, sei que não sofre mais. Fiquei porque não chegou a minha hora de prestar contas. Continuo em orações. E agradecendo a Deus, sempre que lembro, pela graça de continuar viva e curada, como me sinto a todo instante...E hoje assisti uma missa na igreja citada, lotada, fiquei nos fundos da igreja, com a máscara. Adorei. Cantei, rezei, pedi, agradeci. Saí muito feliz porque as músicas louvavam N Sra Aparecida, as crianças, e tudo o mais que faz tão bem...

Adoro viver. Sei da minha finitude. Como não sei a hora, curto como posso os dias que ganhei na recauchutagem medular... Só sei que estou feliz, adorando os dias que passo aqui em Porto Alegre com a Tetê e família, amigos como a Gabi (Vera Regina), o Zé e também agora a Suzy, que está com leucemia mielóide crônica há 3 anos e me ensinou um monte de coisas em pouquissimo tempo de convivência, no encontro retratado acima.

Beijos, crianças. A inocência que vejo em vocês, João e Ana, nestes dias que vivo 24 horas com vcs, me ensina que a melhor coisa prá se viver bem, é fazer o bem, arrancar sorrisos e não se preocupar com o que passou ou com o que virá...

Beijos, Mirinha e dona Diva. A missa foi especialmente dedicada pela nossa cura...


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