sábado, 12 de julho de 2008

12 de julho - sábado, dia de namorar...rs





Oi, gente:


Prá entender meu estado de espírito, saibam que escuto ¨Tristeza do Jeca¨, em várias versões do You Tube. Neste momento, escuto o coral da UFG e já cantaram para mim (santa pretensão...rs), a Maria Betânia, Tonico e Tinoco, Coral da AABB, entre outras maravilhas... Procurando esta música, achei outra que também me comoveu e segue abaixo: Cuitelinho. Coisas da caipira Letícia. Logo eu, tão urbana. Coração mole, tristeza e choro em muitos momentos duros (que vão ficando no passado). Hoje estou assim porque vi a metade um filme que já se passava no Tele Cine Light, pela manhã, Um amor para recordar. Era a história de uma moça que de repente, se viu com Leucemia. E acaba se apaixonando e mudando a vida do seu amado, de uma forma linda. Mas morre no fim... Chorei derramando muita água. Muita. Ela durou alguns anos depois do diagnóstico. Fiquei pensando como pode isto. E nem quis mais pensar. Fui prá cozinha fazer almoço, contra a vontade de muitos daqui de casa que preferiar que eu descansasse e comprássemos almoço pronto. Mas eu quis fazer e fiz. Um nhoque delicioso, entre outras coisas boas. Foi uma forma de espantar a tristeza trazida pelo filme. E agora, sentada aqui, tentando escrever, encontro estas lindas músicas.

Observem as letras:

Tristeza do Jeca

Composição: Angelino de Oliveira

Nestes versos tão singelos
Minha bela, meu amor
Prá você quero contar
O meu sofrer e a minha dor
Sou igual a um sabiá
Que quando canta é só tristeza
Desde o galho onde ele está

Nesta viola canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade

Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira-chão
Todo cheio de buracos
Onde a lua faz clarão
Quando chega a madrugada

Lá no mato a passarada Principia um barulhão

Nesta viola, canto e gemo de verdade

Cada toada representa uma saudade
Lá no mato tudo é triste
Desde o jeito de falar
Pois o Jeca quando canta
Dá vontade de chorar
E o choro que vai caindo
Devagar vai-se sumindo
Como as águas vão pro mar.


Cuitelinho

Renato Teixeira

Composição: Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó


Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia,ai,ai

Ai quando eu vim
da minha terra
Despedi da parentália
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes batáia,ai, ai

A tua saudade corta
Como aço de naváia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
E os óio se enche d´água
Que até a vista se atrapáia, ai...

Como o bebê aí de cima (esta foto me acompanha desde que a encontrei pela net, sem saber o autor), estou assim. Rezando, cantando, chorando, rindo, com todas as emoções. "E o choro que vai caindo, devagar vai-se sumindo,como as águas vão pro mar".

Choro é assim. Vai se acabando, junta-se às águas da vida. Passa. Vem em forma de grande lamento, triste, parece que nunca vai acabar. Mas passa. Como qualquer situação na vida. Até a vida passa...

Mas vamos aos fatos: ontem, finalmente, busquei a dieta na nutricionista. Devo aumentar de peso, baixar o colesterol e triglicerídeos, entre outras coisas, logo. Para isto, a dieta vem de um jeito fácil para que eu siga. Várias refeições por dia, cuidado na ingestão de gordura animal, exagerar em carboidratos, frutas e legumes, trocar as comidas por integrais, caminhadas, etc. Gostei. Capricharei nas recomendações porque preciso melhorar logo. Como estou. A balança mostra um progresso: um quilo a mais neste último mês. Então, desde que saí do hospital (em 17/04), aumentei um quilo. Maravilha. Saudavelmente, diga-se de passagem.

Continuo com a boca seca, paladar um pouco alterado, algumas dores na boca, careca, unhas pretas (nunca havia dito isto, sempre esqueci deste detalhe), algumas manchas pelo corpo mas muito bem, no aspecto geral. Minha cabeça é o que tem de melhor, não gosto de me lembrar que estou em convalescença. Mas continuo me cuidando, utilizando a máscara quando em contato com outras pessoas (aliás, não vejo a hora de liberarem a máscara porque fico com a boca muito mais seca quando estou com ela, além de atrair olhares assustados, principalmente das crianças) (mas não estou nem aí, até rio prá elas para que não se assustem muito...rs).

Ontem, na clínica, tinha um homem na recepção que não parava de me olhar. Tentei imaginar o que ele via: uma mulher de gorrinho branco, com as calças frouxas como disse a Bea (te pego, maninha...rs..), mascarada, segurando a garrafa de água na mão, esperando o chamado da nutricionista. Cheguei a chamar a atenção do Jorge para o fato, mas ele nem observava tão concentrado numa leitura. Não sei se ele também tem algum diagnóstico pesado e se assustou ou eu mesma virei uma atração à parte...rs... Como disse, não me importo mais com olhares. Estou mesmo diferente, esta imagem atual não é a minha imagem de sempre. Mas até que estou curtindo a careca (ah, até tirei o gorro numa determinada hora para que ele visse mesmo a careca que ele devia estar imaginando)...Não tenho mais vergonha, eu estou assim. MAS MUITO FELIZ, viram nas fotos da beira-mar? Não sou prova viva de que tudo está muito bem? Só tenho que agradecer mesmo a cura que vai se consolidando dia após dia. E daqui a cinco anos ganharei a alforria... E se não ganhar, o que importa é que sou mesmo um verdadeiro milagre divino. Passei poucas e boas até hoje e estou aqui, inteiraça.

Né?

Daqui a pouco, meu namorido chega, e o dia fica ainda melhor. A gente fica jogando canastra,muitos papos (de tudo quanto é assunto, menos doença), vê tv, etc. Namoro comportado porém bom demais...

E tenho que agradecer a Deus tudo isso. Pela vida, filhos, pais saudáveis, família maravilhosa e apoiadora, amor, dinheiro suficiente prá viver sem muitos apertos, e principalmente, a saúde...

Agora vou caminhar um pouco. Preciso. Juro que não gosto mas tento não deixar de lado. Ainda mais que caminho margeando o mar (moro no bairro Balneário, no Estreito, em Florianólis, Santa Catarina). Na quarta, a caminhada foi tão mágica que quando me dei conta, tinha um pato do mar (sei lá como se chama) me acompanhando. Eu, na praia e ele no mar; escondia-se na água e de repente, reaparecia, lindamente. Parecia um ballet. Fiquei impressionada pois me acompanhou durante uns quinze minutos. Até que resolvi parar para apreciar os outros bichos: gaivotas, pombinhos (sabiam que eles adorar o mar?), peixes que pulavam, patos, uns outros que pareciam pelicanos, etc. Fora o espetáculo do mar quebrando pequenas ondas que faziam chuáaaaaa, o monte de barcos e iates na marina, o sol amarelo e quentinho, a iluminação do dia, sei lá. Tudo que eu via me arrancava sorrisos maravilhados...

Sou assim, sentimental, chorona, curtidora da vida. Mesmo sozinha como estava naquele momento (porém bem acompanhada no cenário descrito acima).

Alguém tem dúvida de que existe um Ser maior que comanda tudo isto?

Nunca tive e agora, mais que nunca, jamais terei...

Beijos. Vou andar ali na praia..








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